Bailarina brasileira cecilia kerche

Uma bailarina brasileira pode não ser tão famosa quantos jogadores de futebol, mas temos no nosso país algumas das melhores do mundo. Listamos quem se destaca na nossa arte e que serve de inspiração quando estamos no palco! Vem com a gente!

Quando se fala em ballet, logo pensamos em dois países: Cuba e Rússia. Já o Brasil, é lembrado pelo samba e futebol.

Mas por que o Brasil também não pode ser lembrado como país do ballet?

Afinal de contas, temos aqui um número enorme de escolas de dança, que formam bailarinos e bailarinas brasileiras de destaque no cenário nacional e internacional.

Por isso, depois de uma seleção rigorosa (e dificílima), listamos seis bailarinas brasileiras que dão um orgulho danado para o nosso país.

Elas se destacam pela técnica impecável, pelas inúmeras apresentações e por levarem o nome do Brasil para outros continentes.

Preparadas? Confira a seguir!

1. Bailarina brasileira: Cecília Kerche

Bailarina brasileira Cecília Kerche

Cecília começou pequena – e por acaso – no mundo da dança. Aos 8 anos, foi acompanhar o ensaio de ballet da irmã mais nova, de quem era inseparável.

Mas quis o destino que as duas, aos poucos, tomassem rumos diferentes. A irmã, que desde nova queria ser bailarina, acabou indo para a aeróbica, onde se tornou multicampeã.

Já Cecília, inspirada pela irmã, passou a se dedicar intensamente ao ballet.

E alguém duvida do sucesso dela?

Bom, após 17 anos, quem diria, a menina que “só queria acompanhar os ensaios da irmã” se tornou a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro! Segundo a russa Natalia Makarova, considerada a melhor intérprete de Lago dos Cisnes no século 20, Cecília foi a “melhor cisne do mundo”.

Esse título é para poucos, né?!

Mas além de Lago dos Cisnes, a bailarina brasileira de Bauru, no interior de São Paulo, dançou os repertórios mais relevantes do século 19: Don Quixote, o Quebra-Nozes, Giselle, e Copélia.

Como embaixatriz da dança, título concedido pela Unesco, também teve uma carreira internacional invejável. Rodopiou pelos palcos de Buenos Aires a Moscou, passando pelos Estados Unidos e toda a Europa e chegando à Austrália.

Ainda hoje, a bailarina atua nos bastidores da dança. Ela é responsável pelos ensaios no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e é curadora artística do Festival de Joinville

2. Bailarina brasileira: Mercedes Baptista

Eu não sei nem se temos adjetivos para falar sobre essa musa, mas em qualquer lista sobre bailarina brasileira é obrigatório falar sobre Mercedes Baptista.

Essa bailarina incrível foi exemplo de luta e empoderamento negro. Filha da costureira Maria ignácia da Silva, a principal responsável pelo sustento da família, ela experimentou diversas profissões antes de fixar na dança.

Mesmo depois de conseguir entrar na escola de dança do Municipal do Rio, Mercedes foi selecionada poucas vezes para atuar nas apresentações.

Mas ela não se deixou abalar e driblou todos os obstáculos para se tornar uma bailarina de referência.

Para fortalecer as raízes africanas e oferecer oportunidade a outras pessoas, Mercedes fundou um grupo de dança composto apenas por bailarinos negros. E não para por aí: ela inovou nas escolas de samba do Rio e introduziu o conceito de alas coreografadas.

Então lembre-se: toda vez que ver desfile de escola de samba com aquelas alas cheias de dança, saiba que foi uma bailarina que inovou no carnaval.

3. Bailarina brasileira: Márcia Haydée

Bailarina brasileira Márcia Haydée

Dizem que o corpo expressa melhor do que palavras. Para Márcia Haydée não seria diferente: aos 3 anos de idade, ela mal sabia falar, mas já mostrava que havia nascido para a dança.

A niteroiense logo foi mostrar seu talento para outras partes do mundo. Viveu por dois anos e meio em Londres, onde conheceu o coreógrafo John Cranko, que dirigia o grupo alemão Stuttgart Ballet.

Cranko selecionou Haydée para atuar como primeira bailarina e lá ela se tornou solista por 13 anos, ganhando fama internacional.

Prestes a completar 80 anos, em 2017, a bailarina brasileira  recebeu uma homenagem que vai ficar para a posteridade.

Ela virou protagonista, mas dessa vez da indústria cinematográfica. Foi desenvolvido um documentário que narra sua vida e carreira ao longo dos anos. Não dá pra perder, né?!

4. Bailarina brasileira: Ana Botafogo

Bailarina Brasileira Ana Botafogo

Se estamos falando sobre bailarinas brasileira, também estamos falando de Ana Botafogo, que, acredite, começou cedo a viver na ponta dos pés.

Aos seis anos ela iniciou as aulas de ballet e aos onze já “voava” pelo enorme palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Todo mundo já sabia que era muito talento para um país só. Não demorou para ela ir dançar em outros continentes.

Ana viveu um bom tempo na França e em Londres, onde teve a oportunidade de se apresentar em obras do repertório da dança clássica, como “Giselle”, “O Quebra-Nozes”, “O lago dos Cisnes” e “Romeu e Julieta”.

Ao regressar ao Brasil, se tornou a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 2015, após 38 anos de carreira, Ana pendurou as sapatilhas.

Mas se engana quem pensa que ela largou o mundo da dança. A bailarina passou a dirigir, junto com Cecília Kerche, a direção do ballet do próprio Theatro Municipal.

Ana confessa, entretanto, que ainda não abandonou completamente as sapatilhas. Ela costuma frequentar algumas salas de aula como aluna para matar a saudade da dança.

Segundo a bailarina brasileira, essa vontade de estar sempre em forma acompanha o bailarino. Até hoje, faço a minha aula diária de balé. O corpo sente. A gente precisa de exercícios, e dessa atmosfera”.

Estou digitando e aplaudindo de pé.

5. Bailarina brasileira: Toshie Kobayashi

Bailarina brasileira Toshie Kobayashi

A paulista Toshie Kobayashi fez sucesso nos palcos, mas tem mérito ainda maior por compartilhar conhecimento. Ela foi responsável pela formação de milhares de bailarinos, que hoje atuam em escolas do Brasil e de fora do país.

Antes de arrasar como professora, Toshie começou no ballet aos sete anos de idade e, aos dez anos, ingressou na Escola Municipal de Bailados (EMB) em São Paulo.

Ainda jovem, aos 21 anos, se tornou docente da própria EMB, onde atuou por 35 anos. Paralelamente, abriu seu próprio estúdio de dança em São Caetano do Sul.

Seu talento para ensinar não parou por São Paulo.

Toshie se tornou jurada do Festival de Dança de Joinville e, no próprio evento, ministrou cursos por mais de 20 anos.

Todas as vagas sempre esgotavam rapidamente e as salas de aula ficavam lotadas. Para completar, Toshie era madrinha da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, também localizada em Joinville.

Como assinala a pesquisadora Helena Katz: “Toshie Kobayashi, a mestra-referência quando o assunto é formação de bailarinas clássicas, uma das raras unanimidades brasileiras…”

6. Bailarina brasileira: Deborah Colker

Bailarina brasileira deborah colker

Um minuto de silêncio, pois vamos sobre Deborah Colker:

A bailarina brasileira e coreógrafa, talvez, seja a bailarina com o perfil mais eclético da nossa lista de dançarinas.

Ela se formou em psicologia, foi jogadora de vôlei (convocada até mesmo para atuar pela seleção brasileira) e estudou piano.

Apesar de todos os talentos, foi na dança que Deborah se destacou para o mundo – e a gente agradece, né?

Ela foi coreógrafa e professora do grupo Coringa por 8 anos. Em 1944 fundou a Companhia de Dança Deborah Colker, que já conta com mais de 10 espetáculos pelo Brasil e pelo mundo.

Os mais marcantes, se é que é possível selecionar os melhores, foram “Velox”, “Rota”, “Nó”, “Dínamo” e “Cruel”.

O reconhecimento internacional rendeu convites para o desenvolvimento de projetos muito relevantes, como a apresentação na abertura da para a Copa do Mundo da FIFA em 2006 e da abertura das Olimpíadas no Rio em 2016.

Também não dá pra esquecer outro feito sensacional da bailarina: Deborah foi a primeira mulher a dirigir um espetáculo do Cirque Du Soleil – “Ovo”, em 2009.

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